O Ultrasson.

O ULTRASSON

Estamos acostumados aos sons. Os ouvimos todos os dias.

 Alguns nos trazem grande alegria e prazer, como o som da música preferida ou o cantar de um pássaro.

 Outros nos irritam, como o do despertador às 6 da madrugada, aquele zumbido de um pernilongo no ouvido ou os cachorros que latem durante a noite.

 Há ainda os que nos servem de aviso, como o som do vento que prediz a chegada de uma chuva.

 Porém, de todos os sons que ouvi na vida, nenhum foi mais agradável, nenhum foi capaz de me trazer tanta felicidade ou de me emocionar tanto quanto o dia em que ouvi o coração da minha filhinha pela primeira vez.

 Ainda lembro como foi. E a simples lembrança me traz de volta a emoção daquele momento.

 Foi em 16/05/2011 quando fizemos o primeiro ultrassom.

 A gravidez estava apenas no início: + - 9 semanas.

 De acordo com o médico, o Piluluco (como chamávamos antes de saber o sexo) era menor do que um grão de arroz. Não víamos nada além de um pequeno pontinho.
Mas aquele pontinho, no qual ainda não se identificava nada, me parecia a coisa mais linda do mundo.

 No entanto, a emoção de vê-la pela primeira vez iria se multiplicar várias vezes, quando ouvimos aquele coraçãozinho com mais de 150 batimentos por minuto. Que emoção inesquecível!

 Foi a primeira vez que senti que realmente era pai. Já sabia antes, mas a idéia foi se tornando mais real naquele momento.

 Futuro papai, se você puder acompanhar a esposa ao ultrassom, faça-o. Vai ser uma das melhores lembranças da sua gravidez porque, afinal, você também está grávido. 

Aí estava o meu Piluluco em mm. Pode-se visivelmente seu cerebro já formadinho.

Não é uma dádiva?